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10 dicas para uma boa alimentação infantil

Foto de Jill Wellington no Pexels

Que a alimentação deve ser saudável, equilibrada, com menos ultra processados e mais alimentos naturais, todo mundo já ouviu dizer. Principalmente quando somos adultos. Mas e com a alimentação das crianças, como será que deve ser? Vem comigo ver as 10 dicas para uma boa alimentação infantil:

1- Alimentação é, independente dos nutrientes, carinho e acolhimento.

Uma das maiores provas de amor que podemos dar aos nossos filhos é cuidar de fato da alimentação dele. Sim! É acolher durante a refeição, respeitar as quantidades que eles comem e, na dúvida, procurar ajuda de um profissional qualificado para atender crianças.

É carinho desde a escolha dos itens alimentícios que farão parte do cardápio da família, sendo o mais variado possível. É investir tempo no supermercado lendo os rótulos para aprender como escolher os industrializados bacanas que ajudarão nos dias corridos e farão parte do cardápio da criança.

É dizer não quando há excessos de guloseimas e afins do dia a dia da criança. Bem, primeiro é se livrar do “comi e não morri” e, respeitar a idade da criança e quando cada alimento pode entrar de maneira natural na alimentação dela.

É dar autonomia desde a introdução alimentar e, respeitar o bebê como protagonista da fase.

2- Alimentação consciente é super importante desde bebê.

A alimentação equilibrada, variada e saudável deve ser introduzida desde a primeira refeição do bebê e, deve ser assim todos os dias, para todos os familiares.

Se a base da alimentação familiar é variada e equilibrada de verdade, o bebê irá crescer em um ambiente tranquilo neste quesito e, vai sempre ter a consciência da alimentação e sua saúde.

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3- Comida não é prêmio ou medalha.

Jamais devemos premiar a criança que comeu tudo ou “de tudo”! J A M A I S!

Comer é algo que deve ser tranquilo e, porque a criança está com fome, não para fazer o papai e a mamãe felizes. Não comer também não deve deixar os pais e qualquer adulto ao redor da criança “tristes”.

A criança precisa comer porque ela está com fome e não porque irá ganhar sobremesa, brinquedo ou passeio.

4- A alimentação precisa ser variada.

Muito mais importante que a quantidade que as crianças comem, a variedade da alimentação é fundamental. E, quando falo de variedade não é sempre comprar as mesmas verduras, legumes ou frutas quando vai a feira.

Não é comprar só bife e peito de frango. Só fazer ovo mexido e bolo de chocolate.

É abusar da variedade que temos de alimentos e também formas de preparar o mesmo alimento!

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Foto de Kampus Production no Pexels

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

5- Somos exemplos para nossos filhos.

Se queremos que nossos filhos tenham uma boa alimentação infantil e, para todas as fases da vidinha deles, devemos ser o exemplo!

Não adianta falarmos para eles beberem água se eles nunca nos veem beber água. Ou então falar para eles comerem o brócolis e, toda vez que tem brócolis no cardápio a gente não come!

6- Horário da refeição deve ser tranquila e não campo de batalha.

Não é durante as refeições que vamos conseguir resolver problemas familiares, discutir com os demais adultos ou pior: começar a guerra mundial porque a criança não quer comer algo.

Durante as refeições tem que haver harmonia, tranquilidade, troca de amor como o respeito em incentivar que a criança coma algo, mas sem pressão ou terrorismo.

7 – As refeições devem ser sem distrações.

Por mais que o adulto queira comer em paz e, deixar a tela a disposição da criança para haver o silêncio, não é correto. Muito pelo contrário, é maléfico.

É maléfico porque a criança não sabe o que está acontecendo naquele momento, não sente o que esta comendo e, pode não perceber sua real saciedade, principalmente nos casos que os pequenos comem “demais”.

Disfarçar com brinquedo ou o famoso “olha o aviãozinho” também é incorreto.

8- Estimule sempre que experimente.

Estimular que a criança experimente antes de falar que não gosta de algo é fundamental. Estimular é diferente de chantagear, tá?

9 – Não force jamais.

Aceite, existem dias que as crianças não estão com fome e, está tudo bem! O que não podemos fazer é forçar que a criança coma a todo custo e o “quanto” o adulto acha que é uma quantidade bacana.

Se a criança não come um ou outro grupo alimentar, forçar não vai adiantar. Neste caso, procure ajuda de um profissional e siga as orientações e estratégias do mesmo.

10- Combinados da alimentação é para família toda.

Sim! A criança faz parte de uma família, que é sua comunidade. Então, os combinados são para todos. Querem um exemplo prático? Se a criança não pode tela na refeição, que tal deixar o celular de lado somente nestes momentos?

Beijos com amor,

Paola Preusse, Nutricionista da Família, mãe da Maria Clara e do Bento.