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10 dicas para reverter a situação da alimentação da criança na sua casa

10 dicas para reverter a situação da alimentação da criança na sua casa
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“Queria ter te conhecido antes!” “Ah se eu soubesse disso!” Escuto muito dessas frases de pessoas que acompanham o meu trabalho nas redes sociais e nas  minhas consultas. E como costumo responder: sempre é tempo de mudar e reverter a situação da alimentação da criança. E mais, o bacanérrimo de tudo isso, é que você percebeu que precisa mudar, ou seja, está no caminho certo! Então, bora seguir essas 10 dicas para reverter a situação da alimentação da criança e sua família e claro, proporcionar uma vida cheia de saúde à todos.

Bora pras 10 dicas para reverter a situação da alimentação da criança na sua casa :

1 Reconhecer os hábitos alimentares errados da sua cria:

Aqui é importante você reconhecer o que está errado na alimentação da criança. Se faça as seguintes perguntas:

  • Os alimentos que ela consome são próprios pra idade dela? Relembre neste post os alimentos que temos que evitar até 1 ano e neste os alimentos que temos que evitar até os 2 anos.
  • Realmente tem equilíbrio na alimentação da criança? Relembre neste post o que já falei sobre equilíbrio. Mas o equilibrio de fato e não o cheio de terrorismo.
  • Aqui, é importante não tampar o sol com a peneira e reconhecer de fato o hábito alimentar de seu filho. Muitas vezes, sozinho não é possível, por isso, se tiver dificuldades, procure ajuda de um profissional nutricionista para te auxiliar nesta fase super importante para reverter a situação da alimentação da criança na sua casa.
10 dicas para reverter a situação da alimentação da criança na sua casa
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2 Conscientize todos ao redor:

Uma vez que você reconheceu o que precisa mudar para reverter a situação da alimentação da criança na sua casa, é importante conscientizar as pessoas ao redor da cria para que, assim, a mudança comece! Esta é uma das partes mais difíceis, pois muitas pessoas ainda acham tudo um exagero e podem atrapalhar o processo.

Mas minha dica é: você é mãe ou pai da criança, ou seja, o responsável pela educação e criação da mesma. Então, as pessoas precisam respeitar vocês. Se é o parceiro a pessoa que mais “atrapalha” no processo de manter uma alimentação própria pra idade da criança, mostre estudos científicos, mostre evidências de que você não está sendo exagerado e sim, precavendo possíveis complicações decorrentes a uma alimentação inapropriada para esta fase do filho de vocês.

Busque a paciência dos monges e vá, vá com determinação que tudo dará certo! Ah, não esqueça do amor, claro!

3 Seja exemplo:

Bom, percebeu que o erro é em consumir muito açúcar, pular refeições, comer o que não é próprio pra idade, ter pouca fruta, verdura, legumes, ou seja, rotatividade no cardápio, é hora de olhar para o próprio prato.

Ele está todo colorido, variado e rico em opções saudáveis de fato? Pense assim, as vendas já caíram do seus olhos, agora é hora de agir. Monte seu prato e suas refeições servindo de exemplo para a criança. Lembre-se, se seu filho come errado, é porque de alguma forma, o adulto responsável pela alimentação dele se equivocou, então, bora mudar e reverter a situação da alimentação da criança na sua casa.

4 Explique o porque da mudança para a criança:

Independente da idade da criança, é importante explicar sempre porque ela não deve comer tal alimento naquele momento. Sem brigas, gritos, chantagem ou barganha. É algo natural. Da mesma forma que você explica que não deve colocar o dedo na tomada porque leva choque, explique que ele não pode tomar refrigerante porque ainda é criança, que não pode tomar café porque ainda é muito criança, que não pode comer bala porque tem apenas 2 anos e assim por diante. Pode ainda falar que quando comemos muito doce, podemos estragar os dentinhos e que não é saudável.

Lembre-se, não é pra se tornar um general e sim, sempre com amor e afeto explicar o certo e enaltecer as opções saudáveis. Mostrar que uma salada de fruta colorida pode ser tão apetitosa do que um monte de guloseimas. Desvincule-se do seu hábito de adulto viciado em superfulos e acredite que com a criança possa ser diferente. Pense que você já percebeu que é preciso reverter a situação da alimentação da criança na sua casa.

5 Abuse da criatividade:

Sabe aquela frase de que tudo que não é saudável é gostoso? Que fritura, doce, açúcar são mais gostosos? Pois bem! Quando você começa a usar a criatividade, transforma o básico em algo surpreendente. O arroz, feijão, carne e batata acabam tendo outro sabor.

A batata não precisa ser frita. Ela pode ser sautê, purê, rústica, assada com alecrim. Ela pode ser a batata doce roxa, ou batata doce laranja e não só a inglesa. Além da batata temos inhame, mandioquinha, mandioca …. Que podem ser feitas de várias formas.

A salada não precisa ser apenas de alface e tomate. Pode ser alface roxo, alface lisa, alface americano … Temos rúcula, agrião, repolho, acelga. Além do tomate, temos o tomate cereja e outras opções como pepino, cenoura, beterraba.

O verdinho não precisa ser apenas o brócolis. Pode ser a couve, a escarola, a catalônia,  mostarda, quiabo, couve de bruxelas, couve flor.

O acompanhamento do arroz, que pode ser o branco, o integral, o cateto. Puros ou com alguma verdura ou legume não precisa ser apenas o feijão. Temos a vagem, a ervilha, lentilha e o grão de bico.

Além da rotatividade, você pode variar na preparação. O bife não precisa ser só frito, ele pode ser grelhado, rolê, de panela, picadinho. A mesma coisa com o frango e o peixe. O ovo não precisa ser só frito, pode ser pochet, mexido, cozido ou omelete.

6 Deixe os alimentos certos sempre a vista de todos:

Deixe a fruteira cheia de frutas, mas no alcance das crianças e todos vocês, coloque os itens da salada já lavados e higienizados em potes transparentes, mas deixe-os a vista na geladeira. Bolachas, biscoitos e afins? Deixe apenas as opções bacanas e próprias de fato para a idade das crianças de fácil acesso, mas lembre-se, não é porque é saudável que deve substituir as refeições principais e os alimentos que as compõem.

7 Varie o cardápio:

É muito mais fácil mudar quando a alimentação é variada e completa de rotatividade. Perceba que você precisa descobrir novas aceitações e não é porque não aceitou o brócolis que a criança não vai aceitar a batata. Quanto mais variado for o cardápio, mais chances de mudar você terá! Não adianta mudar e viver apenas de arroz, feijão, bife e purê! 😉

8 Não compre mais:

Depois de diagnosticado os erros e excessos, é hora de radicalizar no bom sentido. É hora de parar de comprar. Se o problema são os refrigerantes, não os compre mais. Se é o excesso de guloseimas, exorcize do armário das crianças. Foco é fundamental e claro, acreditar de verdade que você está fazendo o correto pra sua cria. Você percebeu que é hora de reverter a situação da alimentação da criança na sua casa, então, vamos com amor, paciência, porém, determinação.

Quando seu filho for procurar uma bolacha recheada, não vai ter mais, porém, ele vai encontrar outras opções para comer e suprir sua fome e necessidade de nutrientes. A mesma coisa, quando ele for procurar algo pra “matar a sede”, não deve encontrar o suco de caixinha cheio de açúcar ou o refrigerante e sim a água fresca e na temperatura ideal para que ele se hidrate e fique sem sede.

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9 Faça escolhas corretas e indicadas para a idade do menor integrante da sua família:

Tenho algumas famílias que acompanho que me dizem: com o primeiro foi fácil, agora com o segundo ou terceiro …. Gente, vamos lá! Se o hábito alimentar criado foi o correto, fica fácil explicar o certo. Não é porque a criança tem mais de 2 anos que deve se afundar em um pote de açúcar ou então comer tudo e mais um pouco. A alimentação deve ser sempre coerente, equilibrada, independente da idade. Da mesma forma que não adianta você ter 18 anos e beber álcool todos os dias, compreendem? É uma questão de ser o hábito real, de ser uma verdade e não apenas uma fase.

Não é porque sua cria fez 2 anos que vai ganhar pirulito toda vez que cortar o cabelo, tomar vacina ou se comportar no supermercado. NÃO! Ela fez 2 anos e, com equilibrio, poderá comer novos alimentos. VOCÊ adulto tem este apelo sobre as guloseimas, não as crianças e cabe a você não ensinar que açúcar é amor! AMOR É AFETO E CARINHO!

Você adulto sabe que uma coxinha do Veloso é deliciosa, a criança não. A criança pode preferir algo assado. Não interfira na criação do hábito dos pequenos de forma errada.

E pra conseguir fazer com que todos comam bem, faça as escolhas de acordo com o menor integrante da família. Claro, desde que ele tenha acima de 1 ano, assim, já pode comer a comida da família. Na fase de 6 meses até 12 meses, ele deve comer na consistência apropriada e com os alimentos pra esta fase. Normalmente nesta fase, a comida é diferente e acredite, ele não vai ter vontade de comer algo se o resto da família não comer na frente dele, ou seja, coerência é super bem vinda! 🙂

10 ACREDITE e não desanime jamais.

Não é fácil, mas é preciso acreditar!

Acredite, pois é possível reverter a situação da alimentação da criança na sua casa! Tenha foco, paciência e muito amor. Nossa, Paola, amor? Sim, amor! Amor pra você não desanimar, amor pra você respeitar a criança e o tempo da criança, pois pode demorar. É preciso agir? Ótimo, você deu o primeiro passo, então continue firme e forte.

Respeite os choros das crianças por não terem mais o que estavam acostumadas a comer de forma errada, mas pense que isso será o melhor pra saúde deles. Não grite, ou mostre que está estressada. E o mais importante, afaste a culpa de dentro de você. Se antes você oferecia chocolate aos 9 meses, refrigerante aos 10 meses e batata frita com 1 ano, AGORA, você recebeu informação e percebeu que é hora de mudar. Pronto! Isso é suficiente e bora seguir e caminhar! <3 Um abraço apertado em você e toda família e conte com o Maternidade Colorida para te ajudar!

Beijos e boa sorte.

 

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