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Quanto a criança tem que comer em cada refeição?

Imagem Pinterest

 

Uma das maiores queixas das mães que atendo é em relação a quantidade de comida que seus filhos comem e isto começa logo na primeira mamada. O medo do não ganho de peso ainda é bem maior do que o excesso de peso e muitas vezes é desnecessário. Logo depois quando começa a introdução dos sólidos (que deve ser aos 6 meses de vida), a primeira dúvida das mães quase sempre é “quanto” oferecer e depois vem a duvida do que oferecer, sendo que deveria ser o contrário.Por um acaso você sabe quantos mls de leite materno seu bebê mama? Não! E ele se satisfaz sozinho, certo?? Então se desprenda da quantidade de comida e se preocupe mais com o que vai oferecer nas refeições de seus filhos. Neste post, vamos descobrir quanto a criança tem que comer em cada refeição.

A escolha dos alimentos deve ser dos pais, ou seja, nossos filhos comem o que escolhemos que eles vão comer. 
Já a quantia dos alimentos, são as crianças que determinam pois, nós não sabemos o tamanho do estômago deles e quanto cabe de comida naquele momento.
 
Aí vocês me perguntam:
 
– Mas como saber se é suficiente?
 
Seu filho está se desenvolvendo bem? É ativo, brinca, foi na consulta do pediatra e cresceu, ganhou peso? Então ele está comendo o suficiente.

Ser um bebê ou criança “fofinho”, gordinho, não significa que ele esteja saudável e que esteja comendo a quantia adequada.

Existem bebês e crianças “magrinhos” que são super saudáveis e estão dentro da normalidade das curvas de crescimento.

Devemos prestar atenção na genética da família. Normalmente filhos de pais baixos e magros herdam esta tendência, assim como o contrário.
 
– Como saber se comeu demais ou de menos?
 
Pra criança comer, ela precisa sentir fome. Se você dá comida, petiscos ou frutas toda hora, quando chega o horário das grandes refeições (almoço e jantar), eles vão comer pouco.

Preste atenção se não está ocorrendo troca de refeições, ou seja, a criança já tem sua preferência alimentar e “burla” as grandes refeições comendo os lanches, café da manhã e afins.
 
No caso do excesso de comida, é um pouco mais fácil perceber: seu filho estará acima do peso na curva de crescimento, suas escolhas alimentares serão erradas e na maioria das vezes composta por muito biscoito, pão, leite engrossado ou adoçado, ele fará um prato enorme de comida e ainda assim terá fome.

Normalmente, as mães se preocupam com a falta de apetite e nunca com o excesso e por isso, fica mais complicado perceber que o filho está acima do peso e que algo precisa ser feito.

Mas calma, criança não tem que fazer dieta e sim receber orientações corretas sobre alimentação. No caso de um aumento de peso desenfreado, controlar as quantidades com cuidado e sempre acompanhado de um profissional médico ou nutricionista

– Como saber se está certo?
 
Se a criança está se desenvolvendo bem e você como mãe escolhe os alimentos certos pra idade de seu filho, significa que está tudo certinho.

Se o prato de refeição é colorido, tem todos os grupos alimentares, ele ingere frutas ao longo do dia, bebe água ao longo do dia, evita açúcar, doces, frituras e excesso de industrializados, está tudo certo e não há com o que se preocupar.

Para ajudar nesta tarefa, montei um exemplo de cardápio infantil que contém os nutrientes necessários para garantir vitaminas e energia para o desenvolvimento adequado das crianças. Dá uma olhada:
 

 

 

Lembre-se: os horários e quantidades são exemplos, o importante é não deixar a criança mais de 3 horas sem comer.

 
Vocês acham que isso é pouco pra uma criança comer em 1 dia? 
Quando você coloca essa variedade toda em um prato, o prato fica cheio, bonito e nutritivo. Caso seu filho não coma o prato inteiro todos os dias, não se preocupe e respeite a saciedade dele.

Saiba que muitas crianças comem menos que isso e são saudáveis, super saudáveis. Eu particularmente prefiro me preocupar com a variedade dos ingredientes e garantir que eles ingiram todos os nutrientes necessários.
 

Muito mais importante do que QUANTO comer é O QUE comer, desde que dentro de um quadro de normalidade onde a criança não esteja com caso de desnutrição, por exemplo, e precise aumentar a ingestão de nutrientes.

Beijos,

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