Categorias: Alimentação, Boletim da Nutrição

Põe no Rótulo: Eu apoio esta causa

Maternidade Colorida também apóia esta campanha #põenorótulo
Maternidade Colorida também apóia esta campanha #põenorótulo
Poucas pessoas sabem mas comer algo que o organismo não aceita pode causar grandes danos à saúde: Alergia é uma resposta exagerada do sistema imunológico a uma substância estranha ao organismo, ou seja uma hipersensibilidade imunomediada a um estímulo externo específico. No caso a alergia alimentar, evitar consumir tal nutriente é o principio do tratamento, mas pra isso é necessário que o consumidor saiba o que está consumindo de verdade, por isso e pra isso: #põenorótulo
Foi pensando nisso que um grupo de mães de alérgicos se uniram e colocaram a boca no trombone com uma grande e linda mobilização virtual com a fanpage: Põe no Rótulo.
Juntas, pela internet, nos mobilizamos: estamos lutando por informações claras nos rótulos dos alimentos. Queremos transformar a rotulagem de alérgenos uma realidade. Criamos uma campanha, #poenorotulo, para chamar a atenção das pessoas sobre isso. Em apenas um dia, tivemos 3 mil compartilhamentos no Facebook e mais de 40.000 tags. 
Para quem não sabe, o problema da alergia alimentar tende a crescer em todo o mundo. Nos Estados Unidos, houve um aumento de 18% dos casos diagnosticados entre 1997 e 2007. Na Europa, estima-se cerca de 17 milhões de pessoas apresentam alergia alimentar a algum alimento: leite, ovos, soja, trigo, oleaginosas…
Por isso tudo, defendemos que um rótulo claro e correto é bom pra todo mundo. Não só para o alérgico alimentar, mas para os diabéticos, os celíacos, as gestantes, pessoas com pressão e colesterol altos.
Pedimos a sua ajuda para embarcar com a gente nessa campanha: nos ajude com o #poenorotulo!
Olha só a Composição protéica dos alimentos que mais são responsáveis pela alergia alimentar:
alergia alimentar - põe no rótulo
Adaptado de Wegrzyn & Sampson2
Entrei em contato com as mães da Fanpage e a Mariana me respondeu super educadamente algumas perguntas, olha só:
Qual seu nome, profissão?
 Mariana Claudino, jornalista
Como e quando descobriu a alergia de seu filho?
Descobri quando meu filho, Mateus tinha 4 meses e apresentou uma grave urticária após tomar uma mamadeira (eu fiz redução de seios quando ela mais nova e meu leite não durou muito). O pediatra suspeitou mas a alergia só foi confirmada quando ele tinha 1 ano.
Ele tem alergia a qual nutriente?
Alergia às proteínas de leite de vaca, entre elas a caseína.
O que mudou na vida familiar a alergia de seu filho?
Passamos a preparar menos alimentos com derivados de leite, porque as reações dele são graves ao menor contato. Comemos queijo depois que ele dorme e sair de casa para comer lanches como pizzas e etc fazem parte do programa do casal, não da família.
Como você teve a ideia de lançar esta campanha tão importante?
 Na verdade, sou do grupo de coordenação e ajudei a fundar a campanha, mas a ideia não foi minha. É uma ideia conjunta. Há um grupo pequeno de mães na campanha, mas temos o apoio de 800 famílias que querem o mesmo que nós: comer com segurança.
Na sua opinião, o que falta pro governo e a industria se conscientizar de que alergia é coisa séria?
 Esperamos que eles estejam se conscientizando, através da repercussão da nossa página.

Elas estão com tudo e já tiveram apoio de várias pessoas influentes e mães de alérgicos espalhados pelo Brasil inteiro. Lá no álbum da fanpage tem uma foto mais linda que a outra.

 

Fonte: Fanpage Põe no Rótulo
Fonte: Fanpage Põe no Rótulo

 

A lindona da Bela e o Fofo do Armandinho também entraram nessa:

Imagem da Fanpage Põe no Rótulo
Imagem da Fanpage Põe no Rótulo
Põe no rótulo
Fonte: Fanpage Põe no Rótulo

MAIS SOBRE O ASSUNTO (Fonte: Release Campanha Põe no Rótulo):

Quais são os reais problemas destas famílias hoje?

Pela ausência de regras em relação à rotulagem de alérgenos, os consumidores enfrentam três dificuldades:
1) decifrar os ingredientes no meio das letras minúsculas para buscar identificar se há algum alérgeno;
2) conhecer as diversas nomenclaturas possíveis (caseina/caseinato = leite, por exemplo)
3) não ter informações sobre risco de traços de alérgenos
4) Resumindo… comer! E não estamos citando restaurantes, não. Há uma marca de arroz, por exemplo, que contém ovo. Como ficam os alérgicos a ovo? Muitos nem sabem disso e acham que estão “seguros” por comer em casa….

Sopa de letrinhas complicada

Além das letras pequenas, o consumidor precisa ler cada um dos ingredientes para ter certeza de que não há, ali no meio, algum ingrediente que cause alergia. Um consumidor menos informado ou mais desatento pode deixar passar ingredientes que representam risco à sua dieta – o que não ocorreria se houvesse um destaque em negrito ou em lista apartada dos alérgenos presentes, tal como já ocorre em outros países (no Brasil, isso só ocorre com o glúten). Estudos da Unidade de Alergia e Imunologia do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP) mostraram que 39,5% reações alérgicas foram relacionadas a erros na leitura de rótulos dos produtos.

Há produtos com rotulagem correta e clara e com informações de traços de alérgenos. São exceções, mas bem unidas no objetivo de tornar realidade a rotulagem de alérgenos em produtos disponibilizados ao consumo.

 E o que seriam os traços?

Existe, nas indústrias, o compartilhamento de maquinário para produção de vários produtos. Com esta prática, resquícios de proteínas acabam ficando nas máquinas, mesmo após a higienização das mesmas. Esses resquícios, por menores que sejam, podem fazer mal a alguém que apresente sensibilidade a ela.

Sem a identificação deste risco nos rótulos, o consumidor passa a ser obrigado a entrar em contato com os SACs (Serviço de Atendimento ao Consumidor), que, muitas vezes, não têm treinamento, preparo e/ou informação suficientemente segura para sanar a dúvida do consumidor. A orientação dada por este serviço é para ligar para eles sempre antes de comprar qualquer produto, pois pode haver mudanças no processo produtivo – e um produto que não tinha o alérgeno pode passar a ter. Não é mais fácil um rótulo claro?
Muitas vezes, os SACs confundem, por exemplo, lactose (açúcar do leite) com proteína do leite. Tão grave quanto, há SACs que direcionam o consumidor a procurarem seus próprios médicos para questionar a segurança do produto, como se os médicos tivessem acesso diferenciado a tais informações.

O dia-a-dia

A alergia não é bem entendida e aceita por muitos, que acham que: “isso é frescura”; “é exagero”; “um pouquinho só, ou só um dia, não fará mal”. Mas, para um alérgico, não importa se é uma migalha ou uma porção, o resultado pode ser catastrófico, levando inclusive, em vários casos, a morte, em decorrência de choque anafilático. Apesar da gravidade, diferentemente do que tem sido veiculado, não há a necessidade de que a pessoa com alergia seja alimentar ou outro tipo, fique reclusa e não conviva em sociedade.

 Pelo mundo

Às vésperas de receber dois eventos mundiais grandiosos (Copa do Mundo e Olimpíadas), o Brasil deixa a desejar em relação aos países europeus e aos Estados Unidos. Na terra do Tio Sam, por exemplo, existem os restaurantes Allergy Friendly, nos quais é possível encontrar alimentos apropriados para quem possua alergia alimentar. As empresas, por sua vez, apresentam em seus rótulos claramente se o produto é livre de alérgenos ou possui traços.


Lactose x proteína do leite
Estamos em plena moda de dietas sem glúten e sem lactose. Com isso, o termo “lactose” acabou banalizado e muitas pessoas usam, erradamente, a expressão “alergia a lactose”. Mas isso não existe. Lactose é o açúcar do leite e não causa alergia, e sim intolerância. As proteínas do leite, como a caseína, entre outras, são as causadoras da alergia alimentar.

 

Bacana, né???

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#põenorótulo.
Olha só blogs de amigonas que também falaram e aderiram a campanha: Look Bebê e 4 mães.
Beijos

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