Categorias: Amamentação, Dicas

Câncer de mama X Amamentação: Venci o câncer e hoje amamento meu segundo filho {Outubro Rosa}




Outubro, mês de ações pra combater o Câncer de Mama. O chamamos de Outubro Rosa e muitas, muitas mulheres se empenham em ajudar a divulgar exames de auto exame e tudo o que engloba o câncer de mama. Por aqui não poderia ser diferente, uma vez que já vivi na família o câncer de mama, mas hoje, trago um lindo depoimento de uma amiga que venceu a doença e realizou o sonho materno. Câncer de mama X Amamentação, porque sim, ela venceu 2 vezes! 🙂

Pra quem não sabe, minha avó materna, aquela que me criou depois que minha mãe faleceu teve câncer de mama, tirou uma mama inteira, fez quimio, radio e depois de 2 anos achando que tinha sido curada, veio a notícia da metástase e em seguida seu óbito.

Enfim, câncer pra mim é bem doloroso, pois perdi minha mãe por causa desta doença também, ela com 24 anos e eu com 4 anos de idade (falei sobre isso aqui).

Ontem, passeando pelo facebook, vi uma postagem de uma amiga que estudou comigo no colégio sobre sua luta contra o câncer e sua contribuição com o Outubro Rosa. 
Fiquei emocionada, chorei e pedi autorização pra trazer seu depoimento aqui, pra todo mundo poder ter acesso.

A história dela é linda, ela venceu a doença, engravidou quase que no fim do tratamento, passou bem por toda a gravidez e realizou seu segundo sonho: poder amamentar seu segundo filho.

Gente, pra mim ela é exemplo de mulher, de mãe que não deixou a peteca cair, não desanimou, que colocou seu filho pra mamar mesmo sem leite na mama e lá, com fé e determinação conseguiu amamentá-lo.

Pra vocês, o depoimento da Adriana, uma Mulher com “M” maiúsculo de Mãe.


Outubro Rosa – Na luta contra o Câncer de Mama


Eu venci e você também pode vencer!
Apenas 1 ano e meio atrás, fui diagnosticada com Câncer de Mama. Graças à detecção precoce, uma vez que eu realizava os exames perio
dicamente, descobrimos a doença cedo e não precisei tirar toda a mama!
Pela característica do tumor, mesmo a cirurgia tendo sido um sucesso, foi necessário fazer uma quimioterapia forte e eu corria o risco de ficar infértil e não mais poder ter o meu segundo filho, que era um sonho meu e do meu marido.
Mas sempre acreditei que esse sonho seria realizado. Pela minha situação naquele momento, esse sonho seria postergado por pelo menos 2 anos para controle da doença. Além de acreditar que eu ainda teria o meu bebê, disse uma vez ao meu cirurgião plástico e também ao meu mastologista que eu ainda amamentaria nessa mama!

Minha última sessão de radioterapia foi no dia 21/12/2012, última sexta-feira antes do Natal! Tive a oportunidade de passar o Natal e o Ano Novo livre! Mas essa não foi a minha melhor resposta de que valeu a pena lutar!
Em março desse ano, 1 ano depois da quadrantectomia, em um ultrassom de rotina, descobri que eu estava grávida! Grávida já de 3 meses! Enfim, o nosso sonho, mesmo que um pouco adiantado, começava a ser realizado! Depois de um 2012 de muitas lutas (não, não foi fácil não), 2013 chegou para me provar que, apesar das pedras no caminho, vale a pena enfrentar uma a uma e que somos sim capazes de vencê-las!
Em 21/09/2013, o Luiz Eduardo nasceu! Nasceu saudável e faminto! Agora vinha a outra parte do meu sonho: conseguir amamentar o meu pequeno com a mama da cirurgia! Por dias, tive leite apenas na mama esquerda (que estão sendo totalmente suficientes para o crescimento dele!), mas continuava insistindo em oferecer a mama direita, assim como indicou o meu
mastologista/obstetra querido e as enfermeiras da maternidade. Não sabíamos ao certo se seria possível ou não. Cirurgicamente sim, mas a radioterapia poderia ter afetado os ductos mamários. Não desisti, mas também não me permiti ficar triste ou me cobrar qualquer coisa, afinal, o meu bebê estava ali comigo e isso superava qualquer falta que eu pudesse ter!
Cinco dias depois: senti a primeira descida do leite! Não é aquela abundância de leite, mas o suficiente para realizar mais um sonho de amamentar o meu bebê com a mama quadrantectomizada! Não sei até quando esse leite vai durar, continuarei a estimular para durar o máximo possível, mas que seja “eterno enquanto dure”, sem traumas, frustrações ou cobranças!
Essa imagem é o significado da minha vitória. Não só minha, mas de cada um que participou de toda a minha história (meus filhos, meu marido, meu pai, minha mãe e minha sogra – como anjinhos no céu, minha família toda e meus amigos). Mais uma vez obrigada a todos pela torcida e pela ajuda! Nessa foto está a minha cicatriz da luta que nunca terei vergonha de mostrar e junto o símbolo maior de que tudo valeu a pena: amamentar o meu pequeno Luiz Eduardo!
Viver vale a pena! Viva!!!




Dri, obrigada por compartilhar sua história e por me permitir colocá-la aqui no blog.
Te admiro muito por tudo.

Beijos

Comentários